sejam bem vindos

quero que ao entrar, possa se servir das grandezas da palavra de Deus, fique tranquilo, não tenha pressa, leia a vontade, que o Senhor te abençoe ao entrares e ao saires. Amém Jesus!!

domingo, 17 de julho de 2011

ESTRUTURA DA BIBLIA.

PROF: MARCONI PEREIRA DA SILVA
                         
                               ESTRUTURA DA BIBLIA 

SUMARIO


1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 8

2. OS EVANGELHOS................................................................................................................ 9
    
2.1 Mateus.................................................................................................................................... 9
                                                             
2.2 Marcos ................................................................................................................................... 10
                                                                                           
2.3 Lucas ..................................................................................................................................... 11
                                                                                             
2.4 João ....................................................................................................................................... 12
       
                                                                               
3. HISTÓRIA ............................................................................................................................. 13
                                       
3.1 Atos dos Apóstolos ............................................................................................................... 13
                                                                                                                       

4. AS EPÍSTOLAS PAULINAS............................................................................................... 15
                                                         
4.1 Romanos ............................................................................................................................... 15
                                                                                            
4.2 I Coríntios ............................................................................................................................. 16
                                                                                                    
4.3 II Coríntios ............................................................................................................................ 17
                                                                                                 
4.4 Gálatas ................................................................................................................................... 18
                                                                                                  
4.5 Efésios ................................................................................................................................... 18
                                                                                               
4.6 Filipenses ............................................................................................................................... 19

4.7 Colossenses ............................................................................................................................ 20

4.8 I Tessalonicenses ................................................................................................................... 21

4.9 II Tessalonicenses ................................................................................................................. 21

4.10 I Timóteo ............................................................................................................................. 22

4.11 II Timóteo ........................................................................................................................... 23

4.12 Tito ...................................................................................................................................... 24

4.13 Filemon................................................................................................................................. 24

4.14 Hebreus ............................................................................................................................... 25


5. AS EPÍSTOLAS GERAIS..................................................................................................... 27


5.1Tiago........................................................................................................................................ 27

5.2 I Pedro.................................................................................................................................... 28

5.3 II Pedro.................................................................................................................................. 29

5.4 I João...................................................................................................................................... 29

5.5 II João.................................................................................................................................... 30

5.6 III João................................................................................................................................... 31

5.7 Judas...................................................................................................................................... 31


6. PROFECIA............................................................................................................................. 33

6.1Apocalipse............................................................................................................................... 33

                                                                                                   
CONCLUSÃO............................................................................................................................ 35
                                                                                               

REFERÊNCIAS......................................................................................................................... 36














1 – INTRODUÇÃO

















































2 – OS EVANGELHOS

Os quatro evangelhos constituem o retrato da pessoa e da obra do Messias prometido, rei de Israel e Salvador da humanidade. Como retrato, apresenta quatro poses diferente de uma única personalidade.
O evangelho de Mateus apresenta Cristo como rei; Marcos mostra Cristo como servo; Lucas apresenta Cristo como homem e João como o próprio Deus, sendo que cada um deles foi dirigido a várias classes da sociedade do século I d.C. – Mateus aos judeus, Marcos aos romanos, Lucas aos gregos e João àqueles que eram crentes no Senhor Jesus Cristo.


2.1 – Mateus

Autor: Este evangelho é atribuído ao próprio Mateus, também conhecido como Levi, um publicano judeu da Galiléia que cobrava impostos para o governo romano; em razão do seu ofício, os publicanos eram muito desprezados pelos judeus. Posteriormente, Mateus passa a ser um dos discípulos de Jesus e depois apóstolo.   

Data: A tradição sugere que o evangelho tenha sido escrito em Antioquia por volta dos anos 50 e 70 d.C.

Destinatários: Mateus é um evangelho judaico, portanto, o público alvo eram os próprios judeus. Trata-se de um livro que estava arraigado nas profecias do Antigo Testamento no tocante à vinda do Rei Messias, isso fica claro já no primeiro versículo do livro: “Livro da genealogia de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão” (Mt 1.1). Esta citação de Mateus mostra as duas mais importantes alianças do Antigo Testamento: com Davi em relação ao trono (2 Sm 7.8-16) e com Abraão, quanto à terra (Gn 15.18).

Tema e Objetivo: O tema de Mateus é o do Rei-Salvador e seu reino. Pode-se dizer que a chave para a interpretação deste evangelho, está na compreensão do plano de Deus para a nação de Israel e o seu Messias. Fica claro que se cumprirá a grande profecia do futuro reino terreno de Israel que será comandado pelo Messias. Mesmo tendo sido rejeitado na primeira vinda, ele será estabelecido na segunda.

Divisão do Livro: I. Apresentação do Rei: sua genealogia, nascimento e primeiros anos de vida 1 – 4. II. Os princípios do governo do Rei: o Sermão do Monte, 5 – 7. III. A autoridade do Rei sendo manifestada e rejeitada pela nação, 8 – 12. IV. Os mistérios do Reino: o período entre as duas vindas do Rei, 13. V. O ministério do Rei é rejeitado, 14 – 23. VI. A profecia da volta do Rei: o sermão do Monte das Oliveiras, 24 – 25. VII. A morte e a ressurreição do Rei, 26 – 28.

 2.2 – Marcos

Autor: Dentro da estrutura do Novo Testamento este é o segundo evangelho. A igreja primitiva o atribuiu a Marcos, cujo nome é João Marcos, filho de certa Maria de Jerusalém (At 12.12). Ele é citado no livro de Atos como um cooperador de seu tio Barnabé e também do apóstolo Paulo. Participou da primeira viagem missionária (At 13.5) e chegou até Perge, onde por razões não especificadas, separou-se deles (At 13.13).

Data: Autores da igreja primitiva afirmam que Marcos escreveu o seu evangelho em Roma, quando era discípulo de Pedro, provavelmente entre os anos 65 e 68 d.C.

Destinatários: Marcos escreve para os cristãos gentios, mais especificamente para os de Roma, haja vista, citar apenas uma passagem específica do Antigo Testamento (Mc 1.2-3). A tradição sugere que Marcos escreveu o seu evangelho para fortalecer a fé e guiar os cristãos de Roma, pois estes enfrentavam uma terrível perseguição desencadeada por Nero. Os leitores precisavam saber que Jesus também tinha padecido muitos sofrimentos, mas que depois de sofrer, havia vencido o sofrimento e a morte.

Tema e Objetivo: O tema é Jesus como servo. O evangelho de Marcos apresenta Cristo como servo do Senhor, por isso, não houve necessidade de se apresentar uma genealogia do Messias. Apresenta o Servo do Senhor sendo enviado para realizar uma missão específica para Deus, logo, é um livro mais de atos do que de palavras. O livro não contém longos discursos, e apenas poucas parábolas são citadas. Expressões como “imediatamente” e “logo”, são usadas mais de quarenta vezes.

Divisão do Livro: I. Apresentação do Servo em seu ministério público, 1.1-13. II. A obra do Servo, 1.14 – 13.37. III. O Servo e sua obediência até a morte, 14 – 15. IV. A ressurreição e a ascensão do Servo vitorioso, 16.
                                               
2.3 – Lucas

Autor: O livro é atribuído a Lucas o “médico amado” (Cl 4.14). A autoria de Lucas fica facilmente comprovada pela comparação feita em Lucas 1.1-4 com Atos 1.1-3. Ele também foi companheiro e cooperador do apóstolo Paulo (Fm 24). Acredita-se que Lucas não conheceu Jesus pessoalmente, todavia, escolheu segui-lo.

Data: Lucas escreveu seu evangelho provavelmente quando estava em Cesaréia, durante a prisão de Paulo (At 27.1), entre os anos 58 e 60 d.C.

Destinatários: O evangelho de Lucas foi escrito principalmente para os gregos e apresenta Jesus Cristo como o compassivo Filho do Homem que veio buscar e salvar o perdido (Lc 19.10).

Tema e Objetivo: Lucas apresenta Jesus como o homem ideal. Ele traça a genealogia do nosso Senhor até Adão (Lc 3.38). Na visão de Lucas, Cristo é o Messias prometido (1.31-35), o Servo por quem Deus se manifesta aos homens (4.16-18), e o Senhor que é chamado para sentar-se à direita de Deus, exercendo sua autoridade e derramando o poder do Espírito Santo sobre aqueles que depositam sua fé Nele.

Divisão do Livro: I. Introdução, 1.1-4. II. Nascimento, batismo, genealogia e tentação de Cristo, 1.5 – 4.13. III. O ministério público do Filho do homem, até a entrada triunfal, 4.14 – 19.27. IV. A rejeição de Cristo; sua morte, 19.28 – 23.56. V. a ressurreição de Cristo, a comissão dada aos discípulos e a ascensão, 24.1-53.

2.4 – João

Autor: Os pais da igreja atribuem o quarto evangelho a João, o discípulo amado, filho de Zebedeu e um dos Doze. Os três primeiros são chamados de evangelhos sinóticos, denominação grega que quer dizer “ver junto”. Enquanto os outros evangelhos lidam com os eventos da vida de Cristo, João trata do sentido espiritual desses eventos. João enfatiza a pessoa de Cristo e suas obras. Ele relata diversos sermões em que Cristo fala de si mesmo e de sua missão.

Data: A data do evangelho de João é posterior à dos evangelhos sinóticos, acredita-se que foi escrito por volta de 85 ou 90 d.C.   

Destinatários: João destina seu evangelho a todo aquele que crê no Senhor Jesus, quer judeus, quer gregos. O seu evangelho é convincente no tocante aos argumentos apresentados sobre a divindade de Cristo. Ele apresenta Jesus como o “Verbo de Deus” (1.1), que “se fez carne” (1.14). Ele também relata os milagres de Jesus, deixando claro para os seus leitores que o Cristo é o próprio Deus.

Divisão do Livro: I. Prólogo: O Verbo eterno encarnado no Filho de Deus, 1.1-14. II. O testemunho de João, o Batista, sobre o Filho de Deus, 1.15-34. III. O Filho de Deus manifesta seu poder no ministério público, 1.35 – 12.50. IV. O ministério privado do Filho de Deus, 13 – 17. V. O sacrifício do Filho de Deus, 18 – 19. VI. A manifestação do Filho de Deus na ressurreição, 20. VII. Epílogo: O Filho de Deus ressuscitado, Senhor da vida e do serviço, 21.

3 – HISTÓRIA

O livro de Atos dos Apóstolos é considerado um livro histórico, pois relata a história da Igreja primitiva e sua obra missionária. O livro tem início em Jerusalém, com os discípulos reunidos em um recinto no Dia de Pentecostes, então o Espírito Santo vem sobre eles, autorizando-os a serem Suas testemunhas.
Atos cobre um período de transição à medida que Israel passa a sair de cena e a igreja então passa a assumir o primeiro plano. O propósito profético de Deus, descrito no Antigo Testamento, dá lugar a um novo desígnio, ou seja, o ministério da igreja. Deus revela seu novo desígnio principalmente por intermédio do apóstolo Paulo (Ef 3).

3.1 – Atos dos Apóstolos

Autor: O livro de Atos é atribuído a Lucas, autor do terceiro evangelho. Lucas era médico (Cl 4.14), e provavelmente gentio, pois não está relacionado com os “da circuncisão”, em Colossenses, sendo citado vários versículos depois (Cl 4.11). Como gentio, escreveu aos gentios por intermédio de um patrono gentio, Teófilo, narrando a extensão do privilégio do evangelho aos gentios. Lucas foi o primeiro historiador dos primeiros anos da igreja. O livro já foi chamado muitas vezes de Atos do Espírito Santo, pois a Terceira Pessoa da Trindade é mencionada mais de 50 vezes. 

Data: É muito provável que o livro tenha sido escrito entre 60 e 63 d.C., pois termina com o período de dois anos que Paulo ficou preso em Roma (28.30). Como o autor dá muita ênfase ao relato do julgamento de Paulo e ao da apelação a César é pouco provável que o livro tenha sido escrito em data posterior, haja vista o autor não mencionar o resultado do referido julgamento.

Tema: O Tema do livro é: A propagação triunfal do evangelho pelo poder do Espírito Santo. Os evangelhos mostram o trabalho que Jesus iniciou, e o livro de Atos mostra a continuação desse trabalho, que é o progresso do cristianismo, iniciado em Jerusalém passando pela Judéia e Samaria e seguindo até os confins da terra (1.8). É um grande testemunho da maravilhosa expansão do evangelho de Jesus. Atos narra como o Espírito Santo impeliu nossos irmãos em Cristo a darem prosseguimento à ordem de Jesus de serem suas testemunhas em todo o mundo.

Divisão do Livro: I. A Igreja à espera, 1. II. Do Pentecostes à conversão de Saulo, 2 – 8. III. Da conversão de Saulo à primeira viagem missionária, 9 – 12. IV. Primeira viagem missionária 13 – 14. V. O Concílio em Jerusalém, 15.1-35. VI. Segunda viagem missionária, 15.36 – 18.22. VII. Terceira viagem missionária, 18.23 – 21.14. VIII. De Jerusalém a Roma, 21.15 – 28.31.

4 – AS EPÍSTOLAS PAULINAS

Os quatro evangelhos apresentam a obra e a pessoa de Cristo. Atos dos Apóstolos relata a fundação e o desenvolvimento da Igreja. Já as epístolas paulinas expõem a revelação doutrinária e a importância teológica de todos esses eventos.
Em suas cartas às igrejas de Roma, Corinto, Éfeso, Filipos, Colossos, Tessalônica e às igrejas da Galácia, encontramos a revelação da Igreja, o corpo de Cristo, o “mistério que desde os séculos esteve oculto em Deus” (Ef. 3.9). A Paulo também revelou-se o significado doutrinário da cruz e da salvação pela fé apenas por meio da graça (Ef 2.8-9).
Pela vida do apóstolo Paulo, o evangelho da Graça de Deus foi plenamente exposto através das doutrinas da justificação, santificação e da glorificação (Rm 1 – 8), conforme o modo como elas afetam cada cristão e também os judeus (Rm 9 – 11).
O propósito das epístolas de Paulo, portanto, é desenvolver a doutrina da Igreja de Cristo.

4.1 – Romanos 

Autor: O apóstolo Paulo. Ele escreveu esta epístola quando estava na cidade de Corinto (At. 20.1-3). Conforme Romanos 16.23, tudo indica que Paulo estava com Gaio e Erasmo, ambos relacionados com Corinto (1Co 1.14; 2 Tm 4.20). É provável que Febe (16.1), que vivia em Cencréia, porto que servia a Corinto (At 18.18), tenha levado a epístola. Áquila e Priscila, amigos de Paulo, eram de Roma (At. 18.2) e fica claro que voltaram a Roma por meio da saudação que a eles foi dirigida (Rm 16.3).

Data: Foi escrita provavelmente entre os anos 57 e 58 d.C. Mesmo a epístola sendo de autoria do apóstolo Paulo, todavia, quem a redigiu foi o seu secretário chamado Tércio (Rm 16.22).

Tema e Objetivo: O tema é o evangelho de Deus. É a mais ampla designação possível do conjunto de verdades sobre a redenção da humanidade, pois está escrito que “não há acepção de pessoas” (2.11). Esta epístola acertadamente foi colocada em primeiro lugar entre as demais, pois se trata da exposição mais completa do novo nascimento e sobre as verdades centrais do Cristianismo. Romanos é a primeira grande obra de teologia cristã. O evangelho de Deus divinamente revelado nesta carta é o remédio para os falsos evangelhos de hoje e de qualquer tempo.

Divisão da Epístola: Introdução e tema, 1.1-17. I. Todo o mundo culpado diante de Deus, 1.18 – 3.20. II. Justificação pela fé em Cristo, 3.21 – 5.21. III. Santificação mediante a união com Cristo em sua morte e ressurreição, 6 – 8. IV. O problema da incredulidade dos judeus, 9 – 11. V. Vida e serviço cristãos para a glória de Deus, 12.1 – 15.13. Conclusão: A expressão do amor cristão, 15.14 – 16.27.

4.2 – I Coríntios 

Autor: A epístola foi escrita pelo apóstolo Paulo, quando este morou na cidade de Éfeso ao final dos três anos em que lá esteve (At 20.31; 1Co 16.5-8).

Data: A primeira epístola aos Coríntios é uma resposta a duas cartas. Paulo deixou a igreja de Corinto sob a liderança de Áquila e Priscila, na primavera de 53 d.C., para continuar sua segunda viagem missionária. Provavelmente a epístola foi escrita entre os anos 55 e 56 d.C.

Tema e Objetivo: O tema da epístola é: A conduta Cristã. Foi escrita justamente para afastar os recém-convertidos, do paganismo, e das práticas pecaminosas que eram comuns na cidade de Corinto. Não era fácil para os neófitos romper com o seu passado de degradação e imoralidade; as práticas mundanas e a imaturidade espiritual deles exigiam muita paciência e instrução por parte do apóstolo. Além disso, Paulo também esclareceu várias dúvidas que a igreja tinha em assuntos relacionados ao casamento, e o uso de alimentos oferecidos a ídolos (7.1; 8.1-13). Outro assunto também trazia grande preocupação ao apóstolo, ou seja, as notícias recebidas sobre as divisões que estavam ocorrendo na igreja, bem como, brigas crescentes e outros problemas (1.10-12), e por causa de um incesto que não fora julgado pela igreja.

Divisão da Epístola: Introdução, 1.1-9. I. Divisões na igreja em Corinto, 1.10 – 4.21. II. Repreensão à imoralidade; a disciplina é ordenada, 5.1 – 6.8. III. A santificação do corpo; o casamento cristão, 6.9 – 7.4. IV. Coisas oferecidas aos ídolos; limites da liberdade cristã, 8.1 – 11.1. V. A ordem cristã e a Ceia do Senhor, 11.2-34. VI. Os dons espirituais e seu uso em amor, 12.1 – 14.40. VII. A ressurreição do corpo, 15. Conclusão: instruções e saudações pessoais, 16.

4.3 – II Coríntios

Autor: Apóstolo Paulo. Policarpo, Ireneu, Clemente de Alexandria, Tertuliano – todos confirmam a autoria paulina.

Data: A segunda epístola de Paulo aos Coríntios foi escrita um ano após a primeira, provavelmente em 57 d.C. e foi endereçada à mesma igreja.

Tema e Objetivo: O tema da epístola é: A autoridade de Paulo. É a mais pessoal e a menos doutrinária das epístolas. Paulo atacado por críticos apresenta uma grande defesa de sua vida e ministério (1 – 7). Os capítulos 10 a 13 dão seqüência à defesa do seu apostolado e autoridade diante dos falsos mestres legalistas. Alguns diziam que ele não era sincero; outros, como foi dito, questionavam sua autoridade apostólica, consequentemente, o apóstolo defende sua autoridade, colocando diante da desconfiada igreja as evidências de seu serviço sincero realizado em prol do Reino de Deus, por isso, esta epístola é fortemente pessoal e autobiográfica.

Divisão da Epístola: Introdução, 1.1 – 11.1. I. Princípios de ação de Paulo em seu ministério, 1.12 – 7.16. II. A oferta para os pobres em Jerusalém, 8.1 – 9.15. III. Paulo defende sua autoridade como apóstolo, 10.1 – 13.10. Conclusão, 13.11-14.

4.4 – Gálatas

Autor: Apóstolo Paulo. A epístola foi destinada a um grupo de igrejas na Galácia, que estava localizada no centro da região onde hoje se encontra a Turquia.

Data: Existem algumas divergências acerca da data provável. Alguns acreditam que foi escrita no ano 58 d.C., outros defendem que o apóstolo a escreveu bem antes, entre 49 ou 52 d.C., sendo então, a primeira das epístolas de Paulo.

Tema e Objetivo: O tema é: Salvação pela Graça. Paulo teve que escrever a referida epístola para defender o evangelho da graça gratuita que ele havia proclamado aos gentios, pois, os mestres do judaísmo estavam interferindo na doutrina de Paulo, adulterando o seu evangelho com uma mistura de obras humanas e alguma forma de legalismo. Os judaizantes insistiam que embora a salvação viesse de Cristo, as obras também eram necessárias para a salvação. Paulo argumentava que tanto judeus como gentios desfrutam da salvação em Cristo, pois foram justificados (3.6-9), adotados (4.4-7), renovados (4.6 – 6.15) e feitos herdeiros da promessa, filhos de Deus, conforme o Pacto Abraâmico (3.5-18), tudo isso mediante a graça, sem as obras da lei.

Divisão da Epístola: Introdução, 1.1-5. I. Motivo da epístola: os gálatas haviam se afastado do verdadeiro evangelho, 1.6-9. II. Paulo defende seu ministério apostólico, 1.10 – 2.21. III. A justificação é totalmente pela fé, sem a lei, 3.1-24. IV. A norma de vida do crente é segundo a graça, não segundo a lei, 3.25 – 5.1. V. Características na vida de um cristão justificado somente pela fé, 5.2-26. VI. A manifestação exterior da nova vida em Cristo Jesus, 6.1-16. Conclusão, 6.17-18.

4.5 – Efésios 

Autor: Apóstolo Paulo. *Em dois dos manuscritos mais antigo foi omitida a expressão “em Éfeso” (1.1), isso sugere que os primeiros copistas evitaram situar a carta, pois seria lida também em outras igrejas da região vizinha.
Data: Paulo escreveu essa epístola por volta de 60 a 62 d.C., quando estava preso em Roma. Efésios é a primeira das chamadas epístolas da prisão, ela foi enviada à Ásia junto com as epístolas aos Colossenses e a Filemom.

Tema e Objetivo: O tema é: A Igreja, o Corpo de Cristo. Muitas congregações locais surgiram ao longo dos caminhos percorridos pelo apóstolo em suas três viagens missionárias. Paulo escreveu essa epístola justamente para fortalecer essas congregações que eram o Corpo de Cristo. Paulo queria que essas congregações entendessem o poder espiritual de Cristo que agia através dos inúmeros grupos que se reuniam nas casas por todo o mundo, e que se encorajassem mutuamente na fé.

Divisão da Epístola: Introdução, 1.1-2. I. A posição do crente na graça, 1.3 – 3.21. II. A vida e o serviço do crente, 4.1 – 5.17. III. A vida e a luta do crente cheio do Espírito, 5.18 – 6.20. Conclusão, 6.21-24.

4.6 – Filipenses

Autor: Apóstolo Paulo. Filipos foi a cidade que o apóstolo visitou em sua segunda viagem missionária (At 16.12), ali aconteceram as conversões de Lídia e do carcereiro filipense com sua família (At 16.14-34).

Data: A epístola foi escrita enquanto Paulo estava como prisioneiro em Roma, provavelmente foi escrita por volta de 60 a 62 d.C.

Tema e Objetivo: O tema é: A alegria de viver por Cristo. A situação de Paulo poderia ser qualquer coisa, menos alegre! Fora preso ilegalmente e levado para Roma onde aguardava julgamento. O apóstolo tinha vários objetivos em mente quando escreveu essa carta, ou seja, explicar sua situação a alguns amigos que estavam preocupados com ele; explicar a situação de Epafrodito e defende-lo de seus críticos; agradecer, mais uma vez, aos filipenses a ajuda generosa; encorajá-los a persistir na vida cristã e estimular a união da igreja. Fica evidente na vida do apóstolo que Cristo dá alegria e triunfo aconteça o que acontecer. Esse princípio se expressa no testemunho de Paulo: “Pois para mim, o viver é Cristo” (1.21).

Divisão da Epístola: Introdução, 1.1-7. I. Cristo, a vida do cristão: regozijo apesar do sofrimento, 1.8-30. II. Cristo, o modelo do cristão: regozijo no serviço humilde, 2.1-30. III. Cristo, o objeto da fé, do desejo e da esperança do cristão, 3.1-21. IV. Cristo, a força do cristão: regozijo apesar da ansiedade, 4.1-19. Conclusão, 4.20-23.

4.7 – Colossenses

Autor: Apóstolo Paulo. O apóstolo nunca tinha visitado a cidade de Colossos (1.7; 2.1) que ficava cerca de 160 km a leste de Éfeso; provavelmente essa igreja tenha sido estabelecida por Epafras (1.7; 4.12-13; Fm 23), quem, com muitos outros, acredita-se que tenha se convertido em Éfeso durante os três anos em que Paulo lá esteve.

Data: Colossenses é uma das epístolas que o apóstolo escreveu enquanto estava no cárcere em Roma (1.1). A carta foi despachada à Ásia por Epafras, que também entregou a epístola aos Efésios e a Filemom. Provavelmente a epístola tenha sido escrita entre os anos 60 a 62 d.C.

Tema e Objetivo: O tema é: A preeminência de Cristo. Chegara ao conhecimento do apóstolo que dois grandes erros doutrinários estavam ocorrendo naquela igreja. Um deles era uma forma de legalismo ascético (2.14-17), e o outro era uma espécie perigosa de misticismo (2.18-23). Além disso, os Colossenses tinham uma preocupação exagerada pela observância de ritos e cerimônias, também praticavam alguma forma de adoração a anjos, sem contar práticas heréticas que incluíam tanto elementos judaicos como gnósticos. Para combatê-los, a epístola exalta a pessoa e a obra de Cristo e a união do crente com Ele como resposta definitiva a erros dessa espécie.

Divisão da Epístola: Introdução, 1.1-8. I. A oração do apóstolo pelos cristãos Colossenses, 1.9-14. II. A preeminente glória de Cristo, 1.15-23. III. A preocupação do apóstolo com a igreja em Colossos, 1.24 – 2.23. IV. Algumas características da vida abundante do cristão, 3.1 – 4.6. Conclusão, 4.7-18.

4.8 – I Tessalonicenses

Autor: Paulo refere-se a si mesmo como autor dessa epístola (1.1), e a Igreja primitiva o reconhecia como tal. Os primeiros pais da Igreja, como Ireneu, Tertuliano e Clemente de Alexandria, também reconheceram Paulo como autor da carta.

Data: A primeira epístola aos Tessalonicenses talvez seja a mais antiga das epístolas do apóstolo Paulo. Escrito em Corinto, não muito tempo depois de Paulo ter deixado Tessalônica, em sua segunda viagem missionária (At 16 – 17), provavelmente a carta tenha sido escrita entre os anos 51 e 52 d.C.

Tema e Objetivo: O tema da epístola é: A volta de Cristo. A carta foi escrita para encorajar e firmar a igreja de Tessalônica nas verdades básicas do evangelho de Jesus e também para incentivá-la a progredir no poder de uma vida de santidade alem de instruí-la acerca da vinda do Senhor Jesus para os seus, e a respeito da relação desse evento com os acontecimentos do dia do Senhor.

Divisão da Epístola: Introdução, 1.1-4. I. A igreja modelo e os três tempos da vida cristã, 1.5-10. II. O servo modelo e sua recompensa, 2. III. O irmão modelo e sua santificação, 3. IV. A vida modelo e a esperança do crente, 4.V. A vida modelo e o dia do Senhor, 5.1-24. Conclusão, 5.25-28.

4.9 II Tessalonicenses

Autor: Paulo é o autor da carta (1.1). Foi escrita pouco tempo depois do apóstolo ter escrito a primeira epístola.

Data: Provavelmente tenha sido escrita em 52 d.C.
Tema e Objetivo: O motivo foi um equívoco que estava acontecendo entre os Tessalonicenses. Eles estavam sendo perseguidos impiedosamente pelo imperador Nero e concluíram erroneamente que o dia do Senhor havia chegado (2.2). Também é possível que a igreja tivesse recebido uma carta, supostamente de Paulo (2.1-2), ou que um dos profetas da igreja tenha transmitido essa mensagem falsa em uma reunião pública. De qualquer modo, Paulo escreve com a finalidade de encorajar esses cristãos sofredores para permanecerem confiantes no Senhor.

Divisão da Epístola: Introdução, 1.1-4. I. Consolo na perseguição, 1.5-12. II. O dia do Senhor e o homem do pecado, 2.1-12. III. Exortações e instruções, 2.13 – 3.15. Conclusão, 3.16-18.

4.10 I Timóteo

Autor: A carta foi escrita pelo apóstolo Paulo (1.1), durante os últimos anos de sua vida.

Data: É provável que o apóstolo tenha escrito essa primeira carta para o jovem Timóteo enquanto estava em Colossos, fazendo sua prometida visita a Filemom (Fm 22). A epístola é uma das cartas pastorais e data do final da vida de Paulo, provavelmente a carta tenha sido escrita no ano 64 d.C.

Tema e Objetivo: O tema é: A ordem na igreja. À medida que as igrejas do primeiro século aumentavam em número, surgiam questões quanto à ordem eclesiástica, à sã doutrina e à disciplina. A idéia central da epístola é trazer orientações para a ordem na igreja, a santidade da fé e a disciplina eclesiástica. O apóstolo disse: “escrevo-te [...] para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade” (3.14-15). Paulo escreveu a carta, portanto, para instruir seu jovem discípulo sobre como a igreja deveria funcionar e sobre como homens e mulheres de Deus, maduros, deveriam nela interagir (6.11-16).

Divisão da Epístola: Introdução, 1.1-2. I. Advertências sobre a heresia na doutrina e na vida, 1.3-11. II. Testemunho pessoal de Paulo e exortação a Timóteo, 1.12-20. III. Instruções sobre a oração e o papel das mulheres na igreja, 2. IV. Requisitos para os bispos (anciãos, presbíteros) e diáconos, 3.V. A vida de um bom ministro de Jesus Cristo, 4. VI. A obra de um bom ministro, 5. VII. Advertências a um ministro, 6.1-19. Conclusão, 6.20-21.
4.11 – II Timóteo

Autor: A carta é atribuída ao apóstolo Paulo (1.1). Além disso, muitos dos primeiros pais da Igreja, como Policarpo, Justino Mártir e Ireneu, defendem que Paulo é o autor da carta.

Data: A segunda carta a Timóteo são as últimas palavras de Paulo. Ele estava preso em Roma onde aguardava julgamento e, consequentemente, a morte. O apóstolo, já idoso, escreve suas últimas instruções ao seu discípulo, provavelmente a carta tenha sido escrita em 67 d.C.

Tema e Objetivo: O tema é: Conservar a Verdade. A epístola foi escrita para demonstrar a conduta de um genuíno servo de Cristo em meio a um tempo de declínio doutrinário. As igrejas da Ásia (1.15) estavam abandonando as verdades do evangelho da graça que o apóstolo havia proclamado entre eles, consequentemente, recaindo no legalismo. Paulo encoraja seu jovem discípulo a utilizar todos os recursos divinos disponíveis ao pastor fiel em um período de apostasia.

Divisão da Epístola: Introdução, 1.1-2. I. Exortação de Paulo a Timóteo, 1.3-18. II. O caminho de um sevo aprovado em tempos de apostasia, 2. III. Predição da apostasia – o recurso do cristão: as Escrituras, 3. IV. Um servo fiel e seu fiel Senhor, 4.1-18. Conclusão, 4.19-22.

4.12 – Tito

Autor: A carta foi escrita por Paulo a um dos seus auxiliares mais dignos de confiança.

Data: Provavelmente a carta tenha sido escrita na mesma época em que Paulo escreveu I Timóteo, ou seja, em aproximadamente 64 d.C.

Tema e Objetivo: O tema é: A Organização da Casa de Deus. Paulo escreveu essa carta para encorajar e instruir o dedicado Tito por estar com pressa em deixá-lo em Creta. A carta mostra que não era fácil trabalhar com os cretenses (1.12-13), por isso, Paulo escreve a Tito para lembrá-lo de sua tarefa e organizar a igreja e designar presbíteros; adverti-lo em relação aos falsos profetas; encorajá-lo no pastoreio dos vários tipos de pessoas que faziam parte da igreja; enfatizar o verdadeiro significado da graça na vida do cristão e também explicar como lidar com os encrenqueiros da igreja.

Divisão da Epístola: Introdução, 1.1-4. I. Requisitos e deveres dos presbíteros, 1.5-16. II. A obra pastoral de um verdadeiro ministro, 2. III. Exortação a uma vida piedosa, 3.1-11. Conclusão, 3.12-15.

4.13 – Filemom

Autor: O apóstolo Paulo. Filemom era um próspero cidadão da cidade de Colossos. A epístola provavelmente foi levada por Tíquico, o mesmo mensageiro que levou as cartas aos Efésios e aos Colossenses. 

Data: A carta é uma das chamadas epístolas do cárcere. Foi despachada por Paulo, da sua prisão em Roma, provavelmente foi escrita entre os anos 60 a 62 d.C.

Tema e Objetivo: O tema é: O Amor Exemplificado. Os personagens principais dessa carta são Onésimo, o escravo, e Filemom, o hospedeiro do apóstolo Paulo. Onésimo havia fugido para Roma. Pela providência divina, Paulo o conheceu e o ganhou para Cristo. Legalmente, Filemom poderia mandar executar seu escravo por quebrar a lei, porém, Paulo interveio e intercedeu em favor do novo cristão, a fim de salvar-lhe a vida. A principal lição dessa carta é o retrato de Cristo como o Redentor do pecador perdido. Cristo pagou na cruz o preço por seus filhos desobedientes, da mesma forma que Paulo estava disposto a pagar o preço pela desobediência de Onésimo. A expressão “Ponha em minha conta” (18), revela a profundidade do amor de um pastor.

Divisão da Epístola: Introdução, vv. 1-3. I. O caráter de Filemom, vv. 4-7. II. Intercessão em favor de Onésimo, vv. 8-21. Conclusão, vv. 22-25.

4.14 – Hebreus

Autor: Desconhecido. Há séculos os estudiosos discutem quem é o autor desse relato, uma vez que nenhum escritor é identificado com o texto. As tradições mais antigas apontam para Paulo. Outros sugeriram Apolo, Filipe, o evangelista, Marcos e até Priscila e Áquila! De qualquer maneira, fica evidente que o escritor era judeu, já que sua mensagem se dirige ao leitor judeu. Existem evidências internas de que a epistola tenha sido escrita por Paulo, mas na ausência de afirmação ou prova indubitável, a questão deve permanecer sem solução.

Data: A carta foi escrita antes da destruição de Jerusalém e do templo pelos romanos em 70 d.C., provavelmente a epístola tenha sido escrita no ano 68 ou 69 d.C.

Tema e Objetivo: O tema é: O Sacerdócio de Cristo. O motivo da carta foi a necessidade de uma exortação especial aos leitores hebreus que tinham se convertido ao Cristianismo, depositando sua fé em Jesus. Alguns deles tinham uma postura vacilante, por isso, a exortação foi esta: “conservamos firmes a confiança e a glória da esperança” (3.6) e “prossigamos até a perfeição” (6.1). Portanto a carta tinha o propósito de confirmar os cristãos judeus, deixando claro que o judaísmo do Antigo Testamento havia terminado em virtude de Cristo ter cumprido todo o propósito da lei; alertar alguns que tinham se identificado como cristãos para que não voltassem a cair no judaísmo e alcançassem a verdadeira fé em Cristo; chamar a atenção dos cristãos em todo lugar para a preeminência de Jesus Cristo.

Divisão da Epístola: Introdução, 1.1-3. I. Cristo como uma pessoa superior a todas as demais, 1.4 – 4.16. II. Preeminência e caráter conclusivo do sacerdócio de Cristo, 5.1 – 10.18. III. A vida de fé, 10.19 – 13.19. Conclusão, 13.20-25.



5 – AS EPÍSTOLAS GERAIS

As cartas de Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João e Judas, são chamadas de Epístolas Gerais ou Epístolas Católicas. Elas receberam esse nome, porque não foram endereçadas para igrejas ou pessoas específicas, mas sim, a um círculo bem mais amplo e à Igreja de Jesus como um todo.
Um aspecto interessante sobre as Epístolas Gerais, é que elas complementam os ensinamentos das Epístolas Paulinas, porém não entram em conflito com elas. Portanto, a função das Epístolas Gerais é completar a doutrina do Novo Testamento, acrescentando algo à grande exposição paulina sobre a fé cristã.

5.1 – Tiago

Autor: A tradição afirma que o autor é o próprio Tiago, o meio irmão de Jesus (Mc 6.3). Ele se manteve incrédulo no início do ministério de Cristo (Jo 7.3-10), posteriormente, ele se tornou o líder da igreja que estava em Jerusalém (At 12.17), e foi ele quem encabeçou o primeiro concílio da igreja (At. 15.13).

Data: Vários eruditos afirmam que essa é possivelmente a mais antiga das epístolas endereçada aos cristãos (judeus). Provavelmente tenha sido escrita entre os anos 45 e 50 d.C.

Tema e Objetivo: O tema é: Vida Cristã Prática. A epístola trata sobre a perseguição de fora da congregação e os problemas internos. Tiago encoraja os irmãos que sofrem diversos tipos de provações. Ele também tenta ajudá-los a confessar e abandonar seus pecados. Um dos pensamentos-chave da carta é a perfeição ou a maturidade espiritual. Esses irmãos precisavam crescer no Senhor, e as muitas provações pelas quais passavam podiam ajudá-los a amadurecer se obedecessem a Deus. Com sua ênfase na vida cristã prática, a epístola de Tiago reflete a mente e o ensinamento do divino Irmão do autor, algo que se percebe no estilo e nas freqüentes referências ao Sermão do Monte.

Divisão da Epístola: Introdução, 1.1. I. A prova da fé, 1.2 – 2.26. II. A realidade da fé colocada à prova pelo controle da língua, 3. III. Repreensão ao mundanismo, 4. IV. Advertências aos ricos, 5.1-6, V. exortações em face da volta do Senhor, 5.7-18. Conclusão, 5.19-20.

5.2 – I Pedro

Autor: Apóstolo Pedro. A evidência de que a carta foi escrita por Pedro fica clara pela íntima familiaridade que o autor exibe com a vida de Cristo e seus ensinamentos.

Data: Provavelmente tenha sido escrita em 65 d.C., pois a carta revela não só o conhecimento de epístolas antigas, como Tiago, I Tessalonicenses e Romanos, mas também parece estar familiarizada com as posteriores epístolas da prisão, de Paulo, (Colossenses, Efésios e Filipenses).

Tema e Objetivo: O tema é: Sofrimento e Glória. Pedro escreveu essa carta para encorajar os cristãos a suportarem as provações que viriam. O assunto da epístola é o sofrimento, sendo usadas sete palavras diferentes para exprimir essa idéia na carta. A esperança em meio ao sofrimento é engendrada pela perspectiva de uma futura herança (1.4-5) e da vinda do Supremo Pastor (5.4). O sofrimento tem um propósito (1.6-7). Deve ser esperado (4.12), não temido (3.14); suportado com paciência (2.23) e recebido com alegria (4.13). Os sofrimentos de Cristo são apresentados com freqüência como exemplo para o crente. O sofrimento com freqüência é vontade de Deus (4.19).

Divisão da Epístola: Introdução, 1.1-2. I. O sofrimento e a conduta do cristão em vista da salvação completa, 1.3 – 2.8. II. A vida cristã em vista da posição do cristão e do sofrimento vicário de Cristo, 2.9 – 4.19. III. O serviço cristão à luz da vinda do Senhor, 5.1-9. Conclusão, 5.10-14.




5.3 – II Pedro

Autor: Apóstolo Pedro. Por causa de algumas diferenças de estilo entre 1 e 2 Pedro, alguns dos primeiros pais da Igreja e um certo número de reformadores e críticos modernos questionaram a autoria petrina da 2ª epístola. A carta só foi reconhecida largamente como escritura autêntica do apóstolo Pedro no tempo de Orígenes (c. 250 d.C.). Todavia os fortes indícios parecem sustentar que foi de fato escrita por Pedro (1.1).    

Data: Provavelmente tenha sido escrita no ano 65 d.C., enquanto Pedro aguardava o seu martírio.

Tema e Objetivo: O tema é: Os Últimos Dias. A fé cristã que o apóstolo pregava com tanta fidelidade não se tratava de uma questão meramente filosófica. Tratava-se na verdade de vida ou morte eterna. Todavia, existiam aqueles que usavam de engano e contrariavam as verdades pregadas pelo apóstolo. Pedro tinha muito a dizer. Ele tinha de confrontar esse engano, para que não fosse confundido com a verdade. Na carta o apóstolo dá muita ênfase a uma vida de santidade e se esforça para refutar falsos ensinamentos, a segunda carta de Pedro é marcada pelo tema santidade. Pedro associou a motivação que nos conduz a ter uma vida santa e a iminente volta de Cristo e ao galardão que o Senhor Jesus trará.

Divisão da Epístola: Introdução, 1.1-2. I. As grandes virtudes cristãs, 1.3-14. II. Lembrança da transfiguração, 1.15-18. III. Exaltação das Escrituras proféticas, 1.19-21. IV. Advertências sobre falsos mestres, 2.1 – 3.3. V. A segunda vinda de Cristo e o dia do Senhor, 3.4-16. Conclusão, 3.17-18.

5.4 – I João

Autor: O autor é o apóstolo João, o mesmo que escreveu o quarto evangelho. Isso fica claro pelas evidências internas, como o vocabulário semelhante tanto no evangelho quanto na epístola.
Data: A epístola foi escrita provavelmente entre 85 a 95 d.C. Acredita-se que a carta tenha sido escrita na cidade de Éfeso, onde Ireneu relata que João morou durante a parte posterior de sua vida, e de onde parece ter supervisionado igrejas vizinhas.

Tema e Objetivo: O tema é: A Comunhão. João estabeleceu cinco propósitos para sua primeira epístola: ter comunhão (1.3); ter alegria (1.4); não pecar (2.1-2); derrotar o engano (2.26) e ter a certeza da salvação (5.13). Também é dada uma ênfase pastoral e apologética. O objetivo pastoral de João era incentivar a comunhão como já foi dito, porém, para que os cristãos alcançassem essa comunhão, precisavam compreender a verdadeira natureza de Deus (1.5; 2.29; 4.7-8). Sendo assim, o propósito pastoral naturalmente leva ao apologético (2.26), que era proteger seus leitores contra as idéias enganadoras dos falsos mestres. Se os cristãos fossem enganados pelas falsas doutrinas, acabariam por comprometer sua união, que só era possível no amor de Cristo.

Divisão da Epístola: Introdução, 1.1-2. I. Os filhinhos e a comunhão, 1.3 – 2.11. II. Os filhinhos e seus inimigos, 2.1227. III. Os filhinhos e a volta do Senhor, 2.28 – 3.3. IV. Os filhinhos em contraste com os filhos de Satanás, 3.4-24. V. Os filhinhos e os falsos mestres, 4.1-6. VI. Segurança e advertência aos filhinhos, 4.7 – 5.19. Conclusão, 5.20-21.

5.5 – II João

Autor: Apóstolo João. Por causa de sua saudação, surgiram muitos debates em torno da epístola. Alguns eruditos que as palavras “à senhora eleita”, personificam uma das igrejas do primeiro século; outros supõem que se trata de uma senhora cristã de posição elevada a quem o apóstolo João conhecia pessoalmente.

Data: Provavelmente a carta tenha sido escrita entre os anos 90 a 95 d.C.

Tema e Objetivo: O tema: O Mandamento de Cristo. Quando João escreveu essa carta, ele tinha como propósito, alertar a senhora querida (1.2) contra os falsos mestres. Aparentemente essa senhora patrocinava reuniões com pregadores visitantes em sua casa (10). O apóstolo encoraja e a alerta contra as doutrinas deturpadas, sugerindo que não patrocine ninguém que pregue nada menos que a plena divindade e humanidade de Cristo.

Divisão da Epístola: Introdução, vv. 1-3. I. O caminho da verdade e do amor, vv. 4-6 II. O sinal do enganador e anticristo, vv. 7-11. Conclusão, vv. 12.13.

5.6 – III João

Autor: A semelhança de tom, idéias e estilo, deixam claro que a autoria da carta é do apóstolo João. Clemente de Alexandria, Dionísio de Alexandria, Cipriano e outros, testemunharam a favor da autoria joanina.

Data: A tradição sugere que a carta tenha sido escrita em 96 d.C., após João ter voltado do exílio de Patmos para Éfeso depois da morte de Domiciniano (96 d.C.), passando seus últimos anos de vida visitando as igrejas asiáticas (vv. 10-14).

Tema e Objetivo: O tema é: Andando na Verdade. O propósito dessa epístola foi justamente enaltecer e louvar a pessoa de Gaio, um cristão leal, idôneo e ativo na obra de Deus. Gaio possuía uma excelente condição financeira, haja vista, a sua grande hospitalidade e amor demonstrados ao abrigar os pregadores cristãos itinerantes. A epístola também fala de certas perturbações internas daquela igreja, que envolviam Gaio e Diótrefes.

Divisão da Epístola: Introdução, vv. 1-4. I. Hospitalidade para com os ministros itinerantes, vv. 5-8. II. Diótrefes: sua prepotência e atitudes perversas, vv. 9-11. III. Demétrio: sua piedade, v. 12. Conclusão, vv. 13-14.

5.7 – Judas

Autor: Judas, meio-irmão de Jesus. O autor da epístola se autodenomina Judas. No Novo Testamento são citados seis Judas, porém, somente dois deles poderiam ter escrito essa carta: (1) o apóstolo Judas, o Tadeu, (Lc 6.16; At 1.13), mencionado em Mateus 10.3; ou (2) o Judas irmão de Tiago e meio-irmão do Senhor Jesus. Os irmãos do Senhor são citados em Mateus 13.55 como “Tiago, e José, e Simão, e Judas”. Uma vez que o redator da carta não declara possuir autoridade apostólica e, no v. 17, são mencionados os apóstolos como um grupo que não inclui o escritor, resta apenas Judas, irmão do Senhor e de Tiago, como possível autor da epístola.

Data: Pouco se conhece sobre as circunstâncias ou data da composição, provavelmente a epístola tenha sido escrita em 68 d.C.

Tema e Objetivo: O tema é: Combatendo pela fé. Embora o autor tenha iniciado a mensagem falando sobre salvação, o Espírito Santo levou-o a advertir os crentes em relação aos falsos mestres que haviam se introduzido na igreja. Havia muita apostasia na igreja primitiva, por isso, Judas exorta os leitores a lutar fervorosamente pela fé. Com palavras veementes, ele descreve os hereges, mostrando como a apostasia conduz a uma vida de pecado.

Divisão da Epístola: Introdução, vv. 1-2. I. Motivo da epístola, vv. 3-4. II. Exemplos históricos de incredulidade e rebelião, vv. 5-7. III. Descrição dos falsos mestres, vv. 8-19. IV. Exortações aos cristãos, vv. 20-23. Conclusão, vv. 24-25.

6 – PROFECIA

Os grandes eventos que levarão a história da raça humana à sua consumação estão narrados no livro de Apocalipse (Revelação). Trata-se de um livro de caráter profético, os principais temas proféticos citados em Apocalipse são: (1) O Senhor Jesus Cristo, tema central de toas as Escrituras (Gn 3.15; Ap 1.1); (2) A Igreja (Mt 16.18; Ap 2 – 3); (3) Ressurreição e glorificação dos santos (Ap 20.4-6); (4) A grande tribulação (Dt 4.29-30; Jr 30.5-7; Ap 4 – 19); (5) Satanás e o sistema mundial (Is 14.12-14; Ez 28.11-18; Ap 12.3-17; 20.1-3; 10); (6) O juízo das nações (Jl 3.1-10; Mt 25.31-46; Ap 16.13-16); (7)  O anticristo (Ez 28-1-10; 2Ts 2.7-10; Ap 13.1-10; 19-20); (8) O reino do Messias sobre Israel (Is 11.1-16; At 1.6; Ap 20.4-7); (9) O tempo dos gentios (Dn 2.37-44; Lc 21.24; Ap 6.1 – 19.16); (10) O paraíso perdido (Gn 3); (11) A reconquista do paraíso (Ap 21 – 22); (12) Alianças de Israel, Abraâmica (Gn 12.1-3); Palestina (Dt 30.1-10); Davídica (2Sm 7.4-17); Nova Aliança (Jr 31.31-33; Zc 14.1-14); (13) A segunda vinda de Cristo (Ap 19.11-16); (14) O juízo dos ímpios (Sl 9.17; Ap 20.11-15); (15) O eterno estado no novo céu e na nova terra (Is 65.17; 66.22; Ap 21 – 22).

6.1 – Apocalipse

Autor: Apóstolo João, discípulo do Senhor. Há clara atestação de Justino Mártir, Ireneu, Tertuliano e Hipólito quanto à autoria joanina. Clemente de Alexandria e Eusébio também declararam que foi João o autor do livro.

Data: As evidências internas do livro e citações externas (e.g. Ireneu), situam o livro perto do final do reinado do imperador Domiciano (81-96 d.C.). Foi
Domiciano quem mandou exilar o apóstolo João na ilha de Patmos. Provavelmente o livro tenha sido escrito no ano 95 d.C.

Tema e Objetivo: O tema é: A Consumação dos Séculos. A Igreja do primeiro século passava por várias perseguições, além de problemas internos. A Igreja passou a batalhar contra o pecado, as doutrinas e práticas heréticas, bem como contra a apatia espiritual. Em meio a essas circunstâncias, os primeiros leitores de Apocalipse precisavam ser encorajados e exortados. Por um lado, a mensagem se revelou uma promessa de proteção divina em relação ao juízo divino sobre o mundo. Por outro, aqueles que a lessem deveriam guardá-la no coração, obedecendo ao Senhor, à Palavra de Deus e atentando para o testemunho de Jesus, como fizera o apóstolo João, o qual, ao escrever Apocalipse, queria renovar a confiança de seus leitores de que Cristo tem o controle do curso da história.
O propósito primordial de Deus em toda a história é o estabelecimento do Reino Messiânico prometido. Associada a esse objetivo final está a oportunidade para os cristãos perseverarem na fé e na obediência. A expectativa desses vencedores é, no futuro, reinar com Cristo como co-herdeiros de Seu reino.

Divisão do Livro: Introdução, 1.1-3. I. As mensagens do Senhor ressurreto às sete igrejas, 1.4 – 3.22. II. O livro selado com sete selos é aberto, 4 – 6; 8.1. III. Parêntese: judeus e gentios salvos durante a tribulação, 7. IV. Os juízos das sete trombetas, 8.2 – 9.21; 11.15-19. V. Parêntese, 10.1 – 11.14. VI. Personagens proeminentes, 12. VII. Surgimento e reinado da besta e do falso profeta, 13. VIII. Parêntese, 14. IX. Os juízos das sete taças, 15 – 16. X. A queda da Babilônia, 17 -18. XI. A batalha do Armagedom e o milênio, 19.1 – 20.6. XII. O juízo final e a cidade santa, 20.7 – 22.5. XIII. A última mensagem da Bíblia, 22.6-19. Conclusão, 22.20-21.



























CONCLUSÃO































REFERÊNCIAS

GEISLER, Norman L.; NIX, Willian E. Introdução Bíblica. 1ª ed. São Paulo: Vida, 1997. 253 p.


UNGER, Merril Frederick. Manual Bíblico Unger. 1ª ed. São Paulo: Vida Nova, 2006. 743 p.


WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Wiersbe Novo Testamento. 1ª ed. São Paulo: Geográfica e Central Gospel, 2008. 911p.


RADMACHER, Earl D.; ALLEN, Ronald B.; HOUSE, H. Wayne. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento. 1ª ed. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2010. 843 p. 


Bíblia de Estudo Scofield. São Paulo: Holy Bible, 2009. 1355 p.



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