PROF: MARCONI PEREIRA DA SILVA
ATRIBUTOS DE DEUS.
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO 07
2. EXISTENCIA DE DEUS 08
2.1 A existência de Deus 08
3. ATRIBUTOS DE DEUS 10
3.1 Definição do termo atributo 11
3.2 RELAÇÃO DOS ATRIBUTOS COM ESSÊNCIA DIVINA 11
3.2.1 Os atributos têm uma existência objetiva 11
3.2.2 Os atributos são inerentes à essência divina 11
3.2.3 Os atributos pertencem à essência divina como tal 12
3.2.4 Os atributos manifestam à essência divina 12
4. CLASSIFICAÇÕES DOS ATRIBUTOS DE DEUS 13
4.1 ATRIBUTOS NÃO RELACIONADOS 14
4.1.1 Definição 14
4.1.2 Espiritualidade 14
4.1.3 Infinitude 15
4.1.4 Unidade 16
4.1.5 Imutabilidade 17
4.2 ATRIBUTOS ATIVOS 18
4.2.1 Definição 18
4.2.2 Onipotência 18
4.2.3 Onipresença 19
4.2.4 Onisciência 19
4.2.5 Sabedoria 20
4.2.6 Soberania 21
4.3 ATRIBUTOS MORAIS 23
4.3.1 Definição 23
4.3.2 Santidade 23
4.3.3 Justiça 24
4.3.4 Fidelidade 25
4.3.5 Misericórdia 26
4.3.6 Amor 28
4.3.7 Bondade 29
4.3.8 Verdade 29
CONCLUSÃO 31
REFERÊNCIAS 32
1. INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
2. EXISTENCIA DE DEUS
2.1 A EXISTENCIA DE DEUS
Como falar de atributos de alguém sem falar de sua existência. Não há uma definição de Deus. A bíblia não se preocupa em definir ou provar a existência de Deus. Ele é o todo poderoso e criador de todas as coisas, céus e a terra (Gn. 1:1). Muitas são as manifestações que nos leva a ter conhecimento de Deus e que Ele existe. Em seus feitos e fatos milagrosos que para nós foram manifestos evidencia a sua existência pelos fatos, e também mediante a fé (Hb. 1:1, 2; 11:6).
Temos conhecimento da existência de Deus, adquiridos através da própria revelação nas escrituras sagrada. Segundo Myer Pearlman (1999, pág. 31), “As escrituras em parte alguma propõem uma série de provas da existência de Deus como preliminar à fé; declaram o fato de Deus e chamam o homem a aventurar-se na fé; O que se chega a Deus creia que há Deus”.
Através da natureza (Sl. 8:1-3; Sl. 24:1, 2; Gn. 1:1), aonde vimos seus feitos incomparáveis tendo como argumento à criação de Deus. Este entendimento é concebido por Mayer Pearlman (1999, pág. 32); posicionando-se dizendo assim:
Considerando o nosso pequeno planeta e nele há varias forma de vida existente, as quais revelam inteligência e desígnios divinos. Naturalmente surge a questão: “Como se originou tudo isso?” A pergunta é natural, pois as nossas mentes são constituídas de tal forma que esperam que todo efeito tenha uma causa. Logo, concluímos que o universo deve ter tido uma Primeira causa, ou um Criador. “No principio – Deus” (Gn. 1:1).
O homem crer na existência de Deus intuitivamente. Observando o mundo, o firmamento, o cosmo e tudo ao seu redor ficam evidentes, a existência de um ser divino. Segundo Henry Clarence Thiessen (2001, pág. 27), “É uma primeira verdade vindo logicamente antes da crença na Bíblia. Uma crença é intuitiva se for universal é necessária. A historia mostra que o elemento religioso de nossa natureza é tão universal quanto o racional ou o social”.
As evidencias nos traz absoluta convicção da existência de Deus. Segundo Eurico Bergstén (1999, pág. 22.) “A experiência pessoal da salvação”, por meio do sangue de Jesus Cristo, faz com que aproximamos de Deus (Ef. 2:13), e temos uma absoluta certeza da existência dEle, porque o Espírito do seu filho clama em nós: “Aba, Pai” (Gl. 4:6), e podemos orar “Pai nosso, que estás nos céus” (Mt. 6:9).
Nas sagradas escrituras, varias sãs as manifestações das ações de Deus em que confirmam mediante argumentos, características e personalidades a existência de Deus.
Mediante seus atributos que se revela nas manifestações as quais encontramos nas sagradas escrituras em que Deus administra de forma organizada e tendo tudo sobre seu controle, fazendo com que a criatura venha ter conhecimento de Deus.
3. ATRIBUTOS DE DEUS
3.1 – Definição do termo atributo
Atributo de Deus é qualidade ou características auto-revelada que tem como base às diversas manifestações tornando conhecida em relação com a sua criatura. Segundo Strong (2003, pág. 364), “Os atributos de Deus são característica distintiva da natureza divina inseparáveis da idéia de Deus e que constitui a base e apoios às diversas manifestações as suas criaturas.” Atribuí-mos a Deus como qualidades ou poderes fundamentais como alguns fatos racionais constante nas auto-revelações de Deus. Enfatiza:
No ponto de vista de Champlin e J. M. Bentes (1997, pág. 391), assim define; Na metafísica e na teologia, um atributo é uma qualidade de uma entidade que expressa sua natureza essencial. Assim, é algo indispensável ou necessário para integridade daquele ser. Os atributos são a suma genera através das quais os modos são entendidos e existem na substancia.
Desta forma posso observar que atributos inerentes a Deus são características pelos quais possamos conhecer de modo parcial e particular mediante a sua auto-revelação.
3.2 – Relação dos atributos divino com essência divina
Atributos qualidades de um ser, pelo qual visualiza sua essência. Segundo R. N. Champlin e J. M. Bentes (1997, pág. 521), “Aristóteles ensinava que e a definição de uma coisa qualquer precisa exprimir sua essência, ou seja, aquelas características que ela possui, a fim de poder existir”
3.2.1. Os atributos tem uma existência objetiva
São qualidades objetivamente distintas da essência divina entre si. As declarações da Escritura sobre a possibilidade de se conhecer Deus, juntamente com a manifestação dos atributos distintos da natureza, são conclusiva contra falsa noção da simplicidade divina.
“Aristóteles diz com propriedade que não existe uma ciência do único, daquilo que não apresenta analogias ou relações. Conhecer é distinguir; aquilo que não podemos distinguir de outras coisas não podemos conhecer”. Tennyson, Palace of art (linhas omitidas nas mais tardias edições): “Toda a natureza se desenvolve para cima: sempre a mais simples essência é inferior: a mais complexa é mais perfeita e a possui mais discurso é mais amplamente sábia”.
Jr. 10:10 – Deus é “o Deus vivo”; Jo. 5:26 – ele “tem a vida em si mesmo” – riquezas inescrutáveis dos atributos positivos. Jo. 17:23 – “tens amado a mim” – multiplicidade na unidade. A complexidade em Deus é a base da sua felicidade e o nosso progresso: I Tm. 1:11 – “Deus bendito”; Jr. 9:23,24 – “glorie-se nisto: em me conhecer”. A complexa natureza de Deus permite que se ire contra o pecador e, ao mesmo tempo, tenha compaixão dele: Sl. 7:11 – “um Deus que se ira todos os dias”; Jo. 3:16 – “Deus amou o mundo”; Sl. 85:10,11 – “A misericórdia e a verdade se encontram”. MARTENSEN, Dogmatics, 91 – “Se Deus fosse apenas um ser, o abismo místico em que cada forma de determinação fosse extinta, não haveria nada na Unidade a ser conhecido”. Consequentemente “nominalismo é incompatível com a idéia da revelação. Com o realismo ensinamos que os atributos de Deus são determinações objetivas na sua revelação e, por isso, estão arraigados na sua profunda essência”.
3.2.2 Os atributos são inerentes à essência divina
Eles não são existências separadas. São atributos de Deus. Só podemos conceder os atributos como pertencendo a uma essência que fornece de sua base na unidade de um ser composto. Afirma Strong (2003, pág. 364),
São atributos de Deus. Enquanto nos opomos a ponto de vista nominalista que sustenta que eles são meros nomes com os quais, por necessidade do nosso pensamento, revestimos a essência divina simples, precisamos igualmente evitar o extremo realista oposto que faz deles partes separadas de um Deus composto. Só podemos conceber os atributos como pertecendo a uma essência subjacente que fornece sua base de unidade. Se representarmos Deus como um composto de atributos, pomos em perigo a unidade da divindade.
3.2.3 Os atributos pertencem à essência divina como tal
Os atributos de Deus são inseparáveis, não por que estes fossem necessários, Deus seria Deus mesmo que ele nunca tivesse criado. A pessoa particular da Trindade que tem seu nome enquanto, ao contrario, todos os atributos pertencem a cada uma das pessoas.
“Só se trata de um atributo de que se pode dizer com segurança que aquele que o possui se privado dele, deixaria de ser Deus. SHEDD, Dogm. Theol., 1.335 – “Atributo é a essência total agindo de certo modo”. O centro da unidade não está em qualquer atributo, mas na essência... A diferença entre atributo divino e a pessoa divina é que a pessoa é um modo da existência da essência, enquanto o atributo é um modo da relação, ou da operação da essência.”
3.2.4 Os atributos manifestam à essência divina
A essência se revela só através dos atributos. Apesar de que só podemos conhecer Deus como ele é, se nos revelar através dos atributos, não obstante, em conhecendo tais atributos, conhecemos o ser a quem eles pertencem. O fato de que este conhecimento é parcial não impede sua correspondência, até onde se pode chegar, à realidade objetiva na natureza de Deus. Todas as revelações de Deus são as de si mesmo nos seus atributos ou através dele. Strong, Augustus Hopkins.
4. CLASSIFICAÇÕES DOS ATRIBUTOS DE DEUS
Deus é eterno, Espírito e Criador, fica impossível a criatura conhecer quem Ele é se não fosse através das manifestações reveladas segundo seus propósitos (Ec. 3:1). Segundo PEARLMAN, Myer. (1970. pag. 45.) afirma que:
Sendo Deus criador, e um ser eterno, seriam impossível que a criatura venha saber como Ele é. Porém manifestando com bondade, amor e outros atributos que assim revelada através da escritura, no qual declara a respeito de Deus que, “Deus é Espírito, Deus é Amor” (Jo. 4:24; I Jo.4:8b), atributos que mostram as suas revelações nos faz regular nossos pensamentos sobre Deus.
Mediante as manifestações reveladas de Deus em sua Palavra, qual a diferença entre os atributos e nomes? Qualidades do seu interior que expressão seu caráter. Compreender Deus em sua plenitude é impossível mas, por ter sido revelado a uma compreensão humana em possamos classificar e melhor compreender.
• Atributos que diz respeito a si próprio. A natureza íntima de Deus.
• Atributos que diz respeito ao universo. Deus em relação ao universo.
• Atributos que diz respeito à criação. Deus em relação ao seres criados.
4.1 Atributos não Relacionados (a natureza íntima de Deus)
4.1.1 Definição.
Atributo qualidade ou características auto-revelada de Deus. Atributos esses que são essências de si mesmo como, espiritualidade, eternidade, unidade, imutabilidade, infinitude, isto não quer dizer que Deus é irreal ou não exista, pois Jesus fala de sua “forma” de Deus (Jo. 5:37; vide Fil. 2:6). Segundo PEARLMAN, Myer. (1970. pag. 45.), “afirma que Deus é uma pessoa real, mas de natureza tão infinita que não se pode apreendê-lo plenamente pelo conhecimento humano e nem o descreves em linguagem humana.” Quanto a sua natureza íntima Deus é:
4.1.2 – Espiritualidade.
Deus é Espírito. (Jo. 4:24) “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”. Ele é Espírito, e tem personalidade; Ele pensa, sente, fala, escuta, pode ter comunhão com suas criaturas feitas à sua imagem. Não estão sujeita a limitação física como os seres humanos.
Deus sendo Espírito não possui corpo, Ele é incorpóreo, não está sujeito as paixões, sua pessoa não se compõe de elemento material e não está dependente de condições existenciais. Portanto, Deus não pode ser visto por olhos naturais e nem apreendido pelos sentidos naturais. Isto não significa que Deus é irreal, Jesus referiu a forma. (Fil. 2:6). Deus é real e tem personalidade, infinita, não se pode aprendê-lo na sua plenitude pelo conhecimento humano e nem descrevê-lo em linguagem humana.
Sabemos que Deus é espírito e pode se manifestar de forma corpórea (Mat. 3:16); Deus pode se manifestar de maneira visível ao homem, manifestações que se torna compreensível à mente finita do seres humanos. A bíblia fala de Deus com, olhos, ouvidos, boca, sentindo, etc.
Deus é também insondável e inescrutável (Rm. 11:33). “Porventura... chegará à perfeição do todo poderoso?” (Jó. 11:7). Afirma Henry (2001, pág. 74, 75, 76).
Jesus disse: “Deus é espírito” (Jo. 4:24). No grego, não existe o artigo. A declaração define a natureza de Deus como sendo espiritual. Conhecemos a natureza do espírito infinito apenas por analogia, e portanto, apenas imperfeitamente. Fica claramente que Deus é espírito, logo ele é imaterial e incorpóreo. Ele é invisível, não viram “aparência nenhuma” (Dt. 4:15-19). João disse; “Ninguém jamais viu Deus” João 1:18. Ele é vivo (I Ts. 1;9; Js. 3:10; Mt. 16:16). Deus é Espírito e Ele é uma pessoa com característica psicológica da personalidade: Intelecto (Gn. 18:19; Ex. 3:7; Atos 15:18), sensibilidade (Gn. 6:6; Sl. 103:8-13; João 3:16), e vontade (Gn. 3:15; Sl. 115:3; João 6:38). Finalmente ele atribui qualidades e relações da personalidade a Deus.
4.1.3 – Infinitude.
Segundo Esequias Soares (2009, pag. 67.) “Não há barreira nem limite na natureza do Todo-poderoso.” A sua infinitude é a base dos atributos da eternidade e da imensidade. Ele “é infinito e, ao mesmo tempo, pessoal”. Deus é infinito. Não está sujeita a limitação humana. A sua infinitude é vista em relação ao espaço e também em relação tempo. Em relação ao espaço no ponto de vista a imensidão. Deus é o dono do tempo, foi Deus que o criou, Ele não esta sujeito ao tempo e sim o tempo a Ele. a palavra de Deus diz em Êxodo 3.14 "EU SOU O QUE SOU", isso nos mostra que Deus já existia antes da criação do mundo e que existira por toda a eternidade, não temos como medir ou como entender essa imensidão de tempo que chamamos de infinito, somente o nosso Deus pode, Ele não nos capacitou pra isso, só sabemos que tem uma promessa na bíblia que todos vamos ter uma morada eterna, seja no céus ou no inferno.
A natureza divina está presente em tudo. Nenhuma parte existente ficar fora da sua presença ou de sua influência. Deus é eterno, não está limitado ao tempo, Ele é auto-existente, (Sl. 90:2; Ex. 15:18; Apoc. 4:8-10). Ele existe e existirá por toda eternidade. O passado o presente e o futuro são patentes na sua compreensão; “Deus é eterno” (Sal. 90:2). Afirma: PEARLMAN, Myer. (1970. pag. 46.),
Deus é infinito, não está sujeita a limitação natural e humana. A sua infinitude é vista de duas maneiras: A primeira, em relação ao espaço. Deus caracteriza-se pela imensidade (I Reis 8:27), a natureza divina está presente de modo igual em todo espaço infinito em todas as suas partes. Nenhuma parte existente está separada da presença ou de sua energia, nenhum ponto de espaço escapa de sua influencia. “Seu centro está em toda parte e sua circunferência em parte nenhuma.” A segunda em relação ao tempo Deus é eterno. (Deut. 33:27), Ele existe desde a eternidade e existirá por toda eternidade. O passado, presente e o futuro são todo como presente em sua compreensão.
4.1.4 – Unidade.
Deus é um só. Deus é único. Por existir a pessoa do Deus o Pai, Jesus Cristo o Filho e a terceira pessoa da trindade o Espírito Santo, eles são um só. (I João 5:7). Segundo PEARLMAN, Myer. (1970. pag. 46.), afirma “Deus é Único.” (Ex. 20:3; Deut. 4:35, 39; I Sam. 2:2; II Sam. 7:22; Isa. 44:6-8; I Tm. 1:17.) “ouve Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” Mensagem especial a um mundo que adorava a muitos deuses.
A unidade absoluta, e unidade composta não trazem confusão, na luz da palavra revelada a trindade é manifesta e revelada. A expressão o homem e a mulher serão “uma só carne” (Gn. 2:24) essa é uma unidade composta a união de duas pessoas, mas quando se refere a uma só pessoa esta é uma unidade absoluta “um homem” (Esd. 3:1; Gn. 22:2,12; Amós 8:10; Zac. 12:10; Prov. 4:3; Jui. 11:34) exprime a idéia de “unidade absoluta.” Da ênfase, (PEARLMAN, Myer. 1999. pag. 46)
“Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” (Det. 6:4) a palavra “nosso Deus” estar no plural (ELOHIN no hebraico), sendo assim entendemos que se refere a uma unidade composta. A doutrina da trindade, a unidade de Deus como unidade composta, três pessoas divinas unidas na essencial da unidade eterna.
Deus é único porem, quanto a personalidade são três, “O Pai, O Filho e o Espírito Santo” quanto sua essência e numero são um. “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um.” (I João 5:7)
4.1.5 – Imutabilidade
Deus é imutável, isto não significa imobilidade, mas é qualidade de que não muda; segundo Esequias Soares (2009, pag. 68.), “Deus jamais mudará de opinião no que diz respeito às suas promessas”. Deus por ter compreensão de tudo referente ao passado, presente e o futuro, nada poderá surpreendê-lo. Afirma Esequias Soares (2009, pag. 68.), “Na verdade, a mudança ocorre primeiro no ser humano, como vemos em todos os episódios”. (Cf. Gn. 6:6; Jn. 3:5-10), em função disso, o Senhor ”arrepende-se”, mudando o tratamento em relação ao ser humano, enquanto a sua natureza permaneça imutável. Afirma Esequias Soares (2009, pag. 68.), “O arrependimento humano é mudança de mente e de coração; já o Senhor não pode mudar e nem alterar a sua mente”.
Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele dito, não o fará? Ou, havendo falado, não o cumprirá? (Nm. 23:19).
Também aquele que é a Força de Israel não mente nem se arrepende, por quanto não é homem para que se arrependa. (I Sm. 15:29)
Assim comenta, Louise Berkhof (2002, pág. 58), “que a imutabilidade de Deus é necessária, é a perfeição pela qual não há mudança nele, não somente em Seu Ser, mas também em suas perfeições, em Seus propósitos e em suas promessas.” Afirma Louise Berkhof (2002, pág. 58).
Até a razão nos ensina que não é possível nenhuma mudança em Deus, a perfeição absoluta, melhoramento ou deterioração são igualmente impossível. A imutabilidade de Deus é claramente ensinada em passagens da Escritura como (Ex. 3:14; Sl. 102:26-28; Is 41:4; 48:12; Rm. 1:23; Hb. 1:11,12; Tg. 1:17). Ao mesmo tempo, há passagens bíblicas que parece atribuir mudança a Deus. A Bíblia nos ensina que Deus entra em multiformes relações com os homens e, por assim dizer, vive sua vida com eles. Ele está cercado de mudanças, mudanças nas relações dos homens com Ele, mas não há nenhuma mudança em Seu Ser, em Seus atributos, em Seus propósitos, em Seus motivos de ação, nem em Suas promessas.
4.2 ATRIBUTOS ATIVOS
4.2.1 Definição
Atributos ativos de Deus, são atributos pelos quais com propósito eles interagem com o universo em harmonia com a natureza e a sua criação. Ele tem poder (Gn. 1:1), “Onipotente”, Ele está em todo lugar (Sl. 139:7-10), “Onipresente”, Ele tem todo conhecimento (Sl. 139:2-4), “Onisciente”, sabedoria “Deus é sábio” (Sl. 104:24), soberania (Dan. 4:35) “Deus é soberano.” Os atributos ativos:
4.2.2 – Onipotência.
Descreve R. N. Champlin e J. M Bentes (1997, pág. 595), “Palavra portuguesa vem do latim, omnis e potens, ou seja, (todo poder); Podemos definir que esta palavra fala sobre o poder universal e ilimitado.”
Afirma Esequias Soares (2009, pág. 71), O termo significa “ter todo poder, ser todo-poderoso”.
Deus é Todo-poderoso. O atributo “onipotência”, é qualidade de ser todo potente, de ter todo o poderio, de ter toda a força, e de ter todo o vigor, são características manifesta na Bíblia sagrada, manifesta em harmonia com a natureza e a sua criatura, fazendo-se conhecer pelas manifestações em pró da sua criação ou segundo a sua vontade em conformidade com sua natureza. Afirma, PEARLMAN, Myer. (1999. pag. 46.)
Deus é onipotente. (Gn. 1:1; 17:1; 18:14; Deut. 3:24; 32:39; I Crôn. 16:25; Jó. 40:2; Isa. 40:12-15; Jer. 32:17; Ezeq. 10:5; Dan. 3:17; 4:35; Mt. 19:26; Apoc. 15:3; 19:6.) A onipotência de Deus significa a sua liberdade de fazer tudo que esteja em harmonia coma sua natureza “Pois para Deus nada é impossível.” Ele pode fazer tudo desde que não esteja contrária a sua natureza, Ex. fazer uma pedra que seja maior do que ele mesmo, um circulo quadrado etc. Controle e sabedoria sobre tudo que existe ou venha existir. Deus é todo poderoso e até mesmo Satanás nada pode fazer sem a sua permissão (Vide Jó caps. 1 e 2) Toda a vida é sustentada por Deus. (Heb. 1:3; Atos 17:28; Dan. 5:23).
4.2.3 – Onipresença.
Deus é onipresente, Segundo Strong (2003, pág. 419), “A essência una de Deus está presente ao mesmo tempo em tudo.” Deus está em todo lugar, não está limitado ao espaço algum. Afirma Eurico Bergstén (1999, pág. 31), “Deus está em todo lugar. Os olhos do Senhor estão em todo lugar” (Pv. 15:3). Por isso, não é possível alguém se esconder de Deus. Afirma, PEARLMAN, Myer. (1999, pág. 47),
“Deus é onipresente, isto é, o espaço material não o limita em ponto algum”. (Gn. 28:15,16; Deut. 4:39; Jos. 2:11; Sal. 139:7-10; Prov. 15:3,11; Isa. 66:1; Jer. 23;23,24; Amós 9:2-4,6; Atos 7:48,49.) A onipresença de Deus em relação a criatura. Para sua criatura ele está presente nas seguintes maneiras: (1) Em glória, para as hostes adoradoras do céu. (Isa. 6:1-3.) (2) Eficazmente, na ordem natural. (Naúm 1:3.) (3) Providencialmente, nos assuntos relacionado com os homens. (Sal. 68:7,8.) (4) Atentamente, àqueles que o buscam. (Mat. 18:19,20; Atos 17:27.) (5) Judicialmente, às consciências dos ímpios. (Gên. 3:8; Sal. 68:1,2) (6) Corporeamente, em seu Filho. “Deus conosco” (Col. 2:9.) (7) Misticamente na igreja. (Efés. 2:12-22.) (8) Oficialmente, com seus obreiros. (Mat. 28:19,20.)
Deus está presente a sua glória é manifesto em ordem natural a sua natureza. Tudo são patentes aos seus conhecimentos, nada passa despercebido sem que Ele tenha controle ou conhecimento de tudo.
4.2.4 – Onisciência.
Segundo, Esequias Soares (2009, pág. 70), ”A palavra onisciência vem do latim omniscientia – omni, “tudo”; e scienttia, “conhecimento”, “ciência”. É o atributo divino para descrever o conhecimento perfeito e absoluto que Deus possui de todas as coisas.” É conhecer todas as coisas relacionadas ao passado, presente e ao futuro. Não há nada que o Senhor não tenha conhecimento. Tudo estão patentes ao conhecimento de Deus. Fala, Strong (2003, pág. 421), A onisciência de Deus, “Significa que Deus conhece perfeita e eternamente todas as coisa que são objeto do seu conhecimento quer reais ou possíveis, passado, presentes ou futuras”. Afirma, Myer Pearlman, (1999, pág. 47),
Deus é onisciente, por que conhece todas as coisas. (Gên. 18:18,19; II Reis 8:10,13; I Crôn. 28:9; 139:1-16; 147:4,5; Prov. 15:3; Isa. 29:15,16; 40:28; Jer. 1:4,5; Dan. 2:22,28; Amós 4:13; Luc. 16:15; Atos 15:8,18; Rom. 8:27,29; I Cor. 3:20; II Tim. 2:19; Heb. 4:13; I Ped. 1;2; I João 3:20.) O conhecimento de Deus é perfeito, ele não precisa pesquisar as coisas, nem aprender gradualmente – seu conhecimento do passado, do presente e do futuro é instantâneo.
Afirma também Eurico Bergstén (1999, pág. 32), A onisciência é um atributo que só Deus possui. “Deus... conhece todas as coisas” (I Jo. 3:20). O conhecimento de Deus é completo, estendendo-se para o passado e para o futuro. A onisciência tem juntamente consigo a onipresença, visto que o conhecimento de Deus envolve a presença Dele em todos os lugares e em todos os tempos. Assim, Deus sabe de todas as coisas. Ele não precisa aprender. Seu conhecimento é absoluto em tudo quanto pode ser conhecido. Não houve um tempo em que deus não soubesse de alguma coisa, pois o seu conhecimento é eterno e alcança a tudo e a todos em qualquer tempo.
4.2.5 – Sabedoria.
“Sabedoria de Deus como um aspecto do Seu conhecimento. É evidente que conhecimento e sabedoria não são a mesma coisa, existe um estreitamento relacionado. Conhecimento é adquirido pelo estudo, sabedoria é resulta de uma compreensão intuitiva das coisas”. Segundo, Louis Berkhof (2002, pág. 65),
Deus é sábio. Grande conhecimento, ciência, saber, inteligência. Segundo Esequias Soares (2009, pág. 77),
A sabedoria é mais que o conhecimento ou a inteligência; trata-se da capacidade mental para entender todas as coisas, um aspecto particular da onisciência de Deus. Este atributo é conhecido como sapientia Dei, “sabedoria de Deus”, ou omnisapientia, “toda-sabedoria”.
Deus é sabedoria. Afirma, Myer Pearlman, (1999, pág. 47), “Ele tem poder para levar a efeito seu conhecimento de tal maneira que se realizem os melhores propósitos possíveis pelos melhores meios possíveis.” Dá ênfase Myer Pearlman, (1999, pág. 47).
A sabedoria Deus reuniu a sua onisciência e sua onipotência. “Ele fez tudo bem.” Faz parte de Deus, organizar todas as coisas e executar sua vontade no curso dos eventos com a finalidade de realizar seu bom propósito, chama-se Providencia. A divina providencia geral relaciona-se com o universo como um todo; sua providencia em particular relaciona-se com os detalhes da vida do homem. (Sal. 104:24; Prov. 3:19; Jer. 10:12; Dan. 2:20,21; Rom. 11:33; I Cor. 1:24,25,30; 2:6,7; Efés. 3:10; Col. 2:2,3.)
4.2.6 – Soberania.
Soberania Deus, autoridade suprema não depende de outrem, Deus é soberano. Fala dando ênfase, R. N. Champlin e J. M Bentes (1997, pág. 313), “O termo“ soberania” denota uma situação em que uma pessoa, com base em sua dignidade e autoridade, exerce o poder supremo, sobre qualquer área, em sua província, que não seja sob a sua jurisdição.” Argumenta, R. N. Champlin e J. M Bentes (1997, pág. 313),
Quando é aplicado o termo é aplicado a Deus, o termo indica o total domínio do Senhor sobre toda sua vasta criação. Como Soberano que é, Deus exerce de modo absoluto a sua vontade, sem ter de prestar contas a qualquer vontade finita. A soberania de Deus consiste em sua onipotência, expressa em relação ao mundo criado, normalmente no tocante à responsabilidade moral das criaturas diante dele.
Sendo Deus soberano faz tudo que lhe apraz com. Afirma, Myer Pearlman, (1999, pág. 47), “Ele tem o direito absoluta de governar suas criaturas e delas dispor como lhe apraz.” (Dan. 4:35; Mat. 20:15; Rom. 9:21.) Ele tem o controle de tudo é infinita autoridade e todos têm absoluta dependência dele para existir. Afirma, Louis Berkhof (2002, pág. 73)
Ele é apontado como Criador, e Sua vontade como a causa de todas as coisas. Em virtude de Sua obra criadora, o céu, a terra e tudo o que eles contem lhe pertencem. Ele está revestido de autoridade absoluta sobre as hostes celestiais e sobre os moradores da terra. Ele sustenta todas as coisas com a Sua onipotência, e determina os fins que elas estão destinadas a cumprir. Ele governa como Rei no sentido mais absoluto da palavra, e todas as coisas dependem dele e lhe são subservientes. A Bíblia afirma da soberania de Deus são abundantes. (Gn. 14:19; Ex. 18:11; Dt. 10:14, 17; I Cr. 29:11).
4.3 Atributos morais (Deus e as criaturas morais).
4.3.1 Definição
São atributos em que as manifestações reveladas de Deus em relação a tudo que interagem com a sua criatura. Aprendemos assim são classificados:
4.3.2 – Santidade.
Deus é Santo. Um atributo que matem a diferença entre Deus e a criatura. Deus em tudo e seus manifestos, Ele é Santo. Santo, significa separado. Afirma, Myer Pearlman, (1999, pág. 48),
A santidade de Deus significa a natureza absoluta; Ele não pode pecar e não tolera pecado. Santo, no sentido origina significa “separado”. Ele é perfeito, o homem imperfeito; Ele é divino, o homem é humano; Ele é moralmente perfeito, o homem é pecaminoso. É um atributo que matem a diferença entre Deus e a criatura. Revela a se mesmo como Santo (Ezeq. 36:23; 38:23) “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exército” (Isa. 6:3). (Êxo. 15:11; Lev. 11:44,45; 20:26; Jos. 24:19; I Sam. 2:2; Sal. 5:4; 111:9; 145:17; Isa. 6:3; 43:14,15; Jer. 23:9; Luc. 1:49; Tia. 1:13; I Ped. 1:15,16; Apoc. 4:8; 15:3,4.)
Somente Deus é santo em si mesmo. A palavra “santo”, quando se aplica a pessoas pelo fato de está separado. Sendo separado precisa estar limpos; e as pessoas devem consagrar-se e viver de acordo com a lei da santidade. Esses fatos constituem a base da doutrina da santificação.
Segundo Esequias Soares (2009, pág. 72), “Deus é absolutamente santo; sua santidade é infinita e inigualável; Ele é santo em si mesmo, em sua essência e em sua natureza.” “porquanto está escrito: Sereis santos, porque eu sou santo.” (I Pe. 1:16). Deus é santo e é importante e indispensável que seus seguidores se santifiquem sem a qual jamais verá o homem á Deus “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,”. (Hb. 12:14). Sendo Deus totalmente santo e incomparável diferença entre a santidade de Deus e do ser humano, Deus sua santidade é eterna, enquanto que o homem é um processo continuo e totalmente dependente de Deus, Afirma Esequias Soares (2009, pág. 73),
A santidade de Deus é singular por causa de sua majestade infinita e também em virtude de Ele ser totalmente distinto e separado, em pureza, de suas criaturas. Essa santidade é a plenitude glorioso gloriosa da excelência moral do Todo-Poderoso, que nEle existe e que nEle originou-se; não deriva de ninguém. “Não há santo como o Senhor” (I Sm. 2;2). Toda a adoração deve ser neste espírito de santidade. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,”. (Hb. 12:14).
Segundo Eurico Bergstén (1999, pág. 39,40), “A santidade é uma substancia da própria natureza de Deus, e não somente uma expressão de um procedimento de santo.” Deus diz: “Eua sou santo” (I Pe. 1:16)
4.3.3 – Justiça
Deus é justo. Uma conduta integra idônea de um Deus Todo-Poderoso e Santo. Deus justo trata com justiça em relação a sua criatura, Ele é juiz, “O justo juiz.” A justiça de Deus em conformidade com a pureza de sua natureza, ela é perfeita em relação com a sua criatura. Fala Strong, Strong (2003, pág. 433), “Justiça e retidão são a santidade transitiva de Deus, em virtude da qual seu tratamento para com as criaturas se conforma com a pureza de sua natureza. Demanda de todos os seres morais a conformidade com a perfeição de Deus, e a justiça visitando a inconformidade.” Também afirma, Myer Pearlman, (1999, pág. 48),
A justiça é a santidade de Deus manifesta no tratar retamente com as criaturas. “Não fará justiça o juiz de toda a terra?” (Gên. 18:25). A justiça é obediência a uma norma reta; é conduta reta em relação a outrem. Quando é que Deus manifesta este atributo? (1) Quando livra o inocente, condena o ímpio e exige que se faça justiça. Deus julga com as evidencias que ele mesmo descobre. Desta maneira o Messias, cheio do Espírito Divino, não julgará “segundo a vista dos seus olhos, nem reprovará segundo o ouvir dos seus ouvidos”, mas julgará com justiça. (Isa. 11:3.) (2) Quando perdoa o penitente. (Sal. 51:14; I João 1:9; Heb. 6:10.) (3) Quando castiga e julga seu povo. (Isa. 8:17; Amós 3:.) (4) Quando salva seu povo. A interposição de Deus a favor de seu povo se chama sua justiça. (Isa. 46:13; 45:24,25) Ele livra seu povo dos seus pecados e de seus inimigos, e o resultado é a retidão de coração. (as. 51:6; 54:13 60:21; 61:1.) (5) Quando dá vitória a de seus servos fieis. (Isa. 50:4-9) Depois de Deus haver libertado seu povo e julgado os ímpios então teremos “novos céus e uma nova terra, em que habita a justiça” (II Ped. 3:13).
Deus não só trata justamente como requer justiça. Ele graciosamente justificará o penitente. (Rom. 4:5.) Esta é a base da doutrina da justificação.
Notar-se-á que a natureza divina é a base das relação de Deus para com os homens. Como ele é, assim ele opera. O Santo santifica, o Justo justifica.
Segundo Eurico Bergstén (1999, pág. 38), “A justiça é a santidade de Deus em ação, relativamente aos homens. Ainda afirma Eurico Bergstén (1999, pág. 39,40)
Na sua justiça zela pelo cumprimento das suas leis e normas dadas aos homens. Na sua santidade e verdade Deus não pode revogar a sua palavra, nem a sentença imposta aos transgressores por que elas são imutáveis como Ele o é.
Deus é Justo, usa de justiça para com sua criatura, observando a sua natureza divina. “Justiça e juízo são a base do teu trono; misericórdia e verdade vão adiante do teu rosto.” (Sl. 89:14). Deus é Justiça e juízo em relação para com sua criatura, agindo sempre em misericórdia e amor.
4.3.4 – Fidelidade.
Deus é fiel. Fidelidade é qualidade caracterizada do que é leal, e que tem lealdade, não pode se esquivar de si mesmo em relação a sua criação. (II Tm. 2:13). Segundo, R. N. Champlin e J. M Bentes (1997, pág. 725),
A fidelidade é a caracterizada pela firmeza e pela certeza de propósitos, por uma atitude e uma conduta justa, pela devoção de alguém a uma pessoa ou a uma causa, pela incorruptibilidade, pela sinceridade, pela confiabilidade, pelo cumprimento das promessas e votos feitos e pela lealdade sincera.
Fidelidade de Deus. Idéias básicas da fidelidade de Deus são que o Senhor não é arbitrário e nem displicente, mas antes, é sempre confiável quanto a tudo que diz e prometeu, pois suas palavras são verazes e seguras. “Deus aplica essas suas qualidades para o benefícios dos homens.”
Segundo Myer Pearlman, (1999, pág. 49), “Ele é absolutamente digno de confiança; as suas palavras não falharão.” Portanto o que Deus prometeu ele cumprirá. “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?” (Num. 23:19). Fala também, Eurico Bergstén (1999, pág. 37), “Deus é fiel, essa qualidade, que de modo absoluto caracteriza Deus, é uma expressão da verdade que Ele imutavelmente executa sem cessar. A fidelidade de Deus nunca falha.” Afirma Esequias Soares (2009, pág. 73), “Verdade é uma atributo relacionado com a fidelidade de Deus. Diz a respeito a sua veracidade e é algo próprio da natureza divina. Já a fidelidade, do latim fidelitas, é a garantia do cumprimento das promessas dEle.”
4.3.5 – Misericórdia.
Deus é misericordioso. Deus é compassivo, bondoso, piedoso para com a sua criatura. São as misericórdias de Deus que nós não somos consumidos, (Lm. 3:22.) Segundo Myer Pearlman, (1999, pág. 49), “A misericórdia de Deus é a divina bondade em ação com respeito as miséria de sua criaturas, bondade que se comove a favor deles, provendo seu alivio, e, no caso de pecadores impenitentes, demonstrando paciência longânima.” A sua misericórdia vai de geração em geração, Lc 10:37, terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia, Rm 9:15, exercer misericórdia com alegria, Rm 12:8, o pai de misericórdia, 2Co 1:3, Deus sendo rico em misericórdia. Três palavras precisa especialmente ser distinguidos, ou seja amor, misericórdia, e graça, Ef 2:4. O amor é o que em Deus existiu antes que Ele se preocupasse em exercer misericórdia, ou graça, misericórdia por outro lado, é o que Deus devidamente providenciou para as necessidade do pecador, enquanto que a graça é o que em Deus age livremente, para salvar, porque todas as exigências da santidade foram satisfeitas. A misericórdia de Deus manifestou-se ao enviar Cristo ao mundo. (Luc. 1:78)
Segundo, R. N. Champlin e J. M Bentes (1997, pág. 298, Vol. IV), “A palavra portuguesa misericórdia vem do latim mercês, mercedis, “pagamento, recompensa”, que veio associada às recompensas divinas, ou seja, aos atos de compaixão celeste.” Descreve assim, R. N. Champlin e J. M Bentes (1997, pág. 299, Vol. IV),
A misericórdia é o ato de tratar um ofensor com menos rigor do que merece. Trata-se do ato de não aplicar um castigo merecido, mas também envolver a idéia de dar a alguém que não merece. A misericórdia é uma atitude de compaixão e de beneficência ativa e graciosa expressa mediante o perdão calorosamente conferido a um malfeitor. Apesar de ser uma atitude apropria da somente a um superior ético, não denota condescendência, e, sim amor, desejando restaurar o ofensor e mitigar, se não mesmo omitir, o castigo que esse ofensor merece.
“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim. Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade.” (Lm. 3:22,23). Deus é misericordioso.
Deus é o pai de misericórdia, (2 Co 1.3;Ex 34,6; Ne 9.17; Sl 86.15; 103.8-14; Jl 2.13; Jn 4.2. As suas ternas misericórdias permeiam todas as suas obras, (Sl 145,9 e é justamente por causa de sua misericórdia que estamos salvos. (Ef 2.4; Tt 3.5 Jesus frequentemente se encheu de compaixão, e nos ordenou ser misericordiosos, como também é misericordioso o vosso Pai, (Lc 6.36; Mt 18.21) Os crentes devem revestir-se de ternos afetos de misericórdia, (Cl 3.12) Os misericordiosos são bem aventurados e para com eles usar-se-à de misericórdia (Mt 5.7 e Tg 2.13) Os misericordiosos são bem-aventurados e para com eles usar-se-à de misericórdia (Mt 5.7 e também Tg 2.13. A tua misericórdia se eleva até aos céus Sl 57:10 e te Coroa de graça e misericórdia Sl 103:17. Muitas são as Tuas Misericórdias Sl 119:156, a misericórdia de Deus, o titulo do Sl 136, minha misericórdia e fortaleza, minha. Sl 144:9. Pela misericórdia e pela verdade se expia a culpa Pv 16,6. Deus concedeu a Daniel misericórdia, Dn 1:9, ao Senhor pertence a misericórdia, Dn 9:9, por ti o órfão alcançará misericórdia, Os 14:3, que pratique a justiça e ames a misericórdia, e ande humildemente, Mq 6:8, mostrai bondade e misericórdia cada um a seu irmão, Zc 7:9, misericórdia quero e não sacrifício, mt 9:13, Mt 12:7. Os 6:6, Tendes negligenciado a misericórdia mT 23:23, a sua misericórdia vai de geração em geração, Lc 10:37
4.3.6 – Amor.
Deus é amor. O amor é o atributo de Deus a razão do qual ele dá prova deste amor enviando seu filho para redenção do mundo, e, deseja relação pessoal com sua criatura. Amor de Deus é manifestado (João 3:16; 16:27; 17:23; Deut. 10:18); como foi demonstrado (João 3:16; I João 3:1; 4:9,10; Rom. 9:11-13; Isa. 38:17; 43:3,4; Tito 3:4-7; Efé. 2:4,5; Osé. 11:4; Deut. 7:13; Rom. 5:5). A Bíblia diz
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna; Conhecemos a caridade nisto: que Ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.” (João 3:16; 1 João 3:16).
Segundo Eurico Bergstén (1999, pág. 39), “Deus é amor” Que o amor é a própria substancia do eterno Deus. O seu amor é como rio que emana dEle mesmo, que é a fonte perene deste sentimento”. Deus é amor em toda essência, ama independendo das circunstancias, este relacionamento foi manifesto a sua criatura através do seu filho, o qual teve morte de cruz para remissão dos pecados sendo assim resgatados da perdição do pecado todos aqueles que confessarão e crerão assim sendo salvo. (Rm. 10:9,10). Falando assim, Henry Clarence Thiessen (2001, pág. 83).
Com amor de Deus queremos indicar aquela perfeição da natureza divina pela qual Ele é continuamente impelido a Se comunicar. É, entretanto, não apenas um impulso emocional, mas uma afeição racional e voluntária, sendo fundamentada na verdade e santidade e no exercício da livre escolha. Este amor encontra seus objetivos primários nas diversas pessoas da trindade. Assim, o universo e o homem são desnecessários para o exercício do amor de Deus.
Afirma Esequias Soares (2009, pág. 74), “O Amor é um atributo e é o tema central das Escrituras, demonstrado de forma suprema em Jesus Cristo”. Palavra de Deus afirma que “”Deus é amor” (I João 4:8,16).
4.3.7 – Bondade.
Deus é bom. Uma qualidade ou característica do que é bom e interagem para o bem em relação a sua criatura. Afirma, Myer Pearlman, (1999, pág. 49), “A bondade de Deus é o atributo em razão do qual ele concede a vida e outras bênçãos as suas criaturas.” (Sal. 25:8; Naúm 1:7; Sal. 145:9; Rom. 2:4; Mat. 5:45; Sal. 31:19; Atos 14:17; Sal. 68:10; 85:5.) Segundo Stanley M. Hortan (2008, 11ª edição CPAD, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL, pág. 136), “Deus está, de acordo com sua natureza, disposto a agir com grande generosidade para com sua criação.”
“Bondoso e compassivo é o Senhor, tardio em irar-se, e de grande benignidade. O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias estão sobre todas as suas obras.” (Sl. 145:8,9).
A bondade de Deus é um atributo que está envolvido também o amor e a graça. Segundo, Esequias Soares (2009, 3ª edição, pág.75),
A bondade de Deus é um dos atributos morais. Deus é bom em si mesmo e para suas criaturas. É a perfeição dEle que o leva a tratá-las com benevolência. Essa bondade é para todos: “O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras” (Sl. 145:9). Deus é a fonte de todo o bem. Jesus disse: “Não há bom, senão um, que é Deus” (Mt. 19:17). Nessa bondade estão envolvidos também o amor e a graça.
4.3.8 – Verdade.
Deus é a verdade. Ele é real, tem exatidão e é totalmente sincero. Com verdade diremos que Deus tem conhecimento da total realidade eterna. Segundo Henry Clarence Thiessen (2001, pág 84) “A verdade de Deus é não apenas a fundação de toda a religião, mas também de to o conhecimento”. Sabemos que Deus é verdade absoluta e tem conhecimento de tudo, assim sendo Ele está no controle de tudo que existe obra de sua criação dentro do seu propósito. Afirma Henry
As promessas e ameaças de Deus são sempre cumprida literalmente se forem absolutas; mas se forem condicionais, seus cumprimentos dependerá da obediência ou arrependimento das pessoas envolvidas. A condição pode ser expressa ou subentendida, e não há quebra da fidelidade de Deus se devido à desobediência ou impenitência por parte do homem Deus não cumpre Suas promessas.
O único Deus que é verdadeiro. A verdade de Deus é conhecida como sua veracidade e fidelidade. Sua verdade é o Ele se revelou de se próprio e com que Ele diz. Afirma Eurico Bergstén:
Deus é verdade! Jr 10.10; Dt 32,4; Sl 31,5, Deus não somente pratica a verdade e tem atitudes e palavras que perfeitamente condizem com a verdade, mas Ele é a própria Verdade. A Verdade é a substancia da sua Pessoa. Por isso Ele é chamado verdadeiro (1Jo 5.20; Jo 17,3) Esta substancia – A Verdade- caracteriza não somente o Deus Pai, mas também o Deus Filho (Jo 14.6) e Deus Espírito Santo (Jo 16.13; 1 Jo 5.6). Deus é também a fonte da Verdade que existe no universo tem em Deus a sua origem. As suas obras e a sua palavra são sempre a verdade (Sl 119.160) Sempre seja Deus verdadeiro (Rm 3,4). O eterno Deus é luz perfeita e, portanto, é inteiramente impossível que nEle haja trevas (1Jo 1.5). Isso é que Deus possa negar a si mesmo (2Tm 2.13). ou minta (Hb 6.18). A verdade do Senhor é para sempre (Sl 117.2). Assim como Deus é Eterno os Atributos da sua natureza, a sua verdade é para sempre (Sl 146,6) e estende-se de geração a geração (Sl 100,5).
Deus não pode mentir e nem pode esquivar-se seria contra a sua própria natureza divina, Ele é a absoluta verdade. Segundo Stanly M. Horton:
Deus não é homem para que minta, Nm 23.19. A veracidade de Deus forma um contraste com a desonestidade do ser humano. Deus é perfeitamente fiel as suas promessas e aos seus mandamentos Sl 33.4 e Sl 119.151. Sua integridade moral é a sua característica pessoal permanente (Sl 119.160). A veracidade estável e permanente do Senhor é o meio através do qual somos santificados, porque a verdade proclamada tornou-se a verdade encarnada: Santifica-os na verdade, a tua Palavra é a verdade (Jo 17.17). Nossa esperança depende diretamente da garantia de que tudo quanto Deus nos revelou é a mais absoluta verdade. Tudo quanto Ele fez até agora, no que se refere ao cumprimento de suas promessas, é a garantia definitiva de que ele cumprirá tudo o que promete (Jo 14.6; Tt 1.1). Deus está, de acordo com sua natureza, disposto a agir com grande generosidade para com a sua criação, o Senhor examinava periodicamente a sua obra, e declarava ser ela boa, pois lhe agradava e era apropriada aos seus propósitos (Gn 1.4,10,12,18,21,25,31)
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS:
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CLARENCE Henry Thiessen. Palestra em Teologia Sistemática. 3ª ed. São Paulo, SP: IBR (Imprensa Batista Regular), 2201.
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SOARES Esequias. Teologia Sistemática Pentecostal. (Cap. 2, a Doutrina de Deus), 3ª ed. Rio de Janeiro, RJ: CPAD, 2009.
BERKHOF Luiz. Teologia Sistemática. 2ª Edição, São Paulo-SP, (Editora Cultura Cristã), 2001.
BERGSTÉN Eurico. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro, RJ: CPAD, 1995.
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BUARQUE Aurélio de Holanda Ferreira. Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa (ilustrada). 11ª Edição, 17ª Triagem, Rio de Janeiro-RJ, (Editora Civilização Brasileira S.A), 1971.
HORTON M. Stanly. Teologia Sistematica pela Casa Publicadora Assembleia de Deus, Edição-1996.
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